Piauí não deve decretar o fim da emergência sanitária da Covid-19
O secretário de Governo do Piauí, Antônio Neto, disse nessa segunda-feira (25/04) que o Governo do Estado deverá não decretar o fim da emergência sanitária contra a Covid-19, ao contrário do que fez o Governo Federal.
Segundo o secretário, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) já liberou um parecer-técnico sobre o assunto e acredita que a governadora Regina Sousa (PT) não deverá assinar o documento, seguindo assim as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A orientação da Secretaria de Saúde, inclusive ela já liberou um parecer-técnico que ainda deve ser avaliado pela governadora, mas acredito que ela vai referendá-lo, é no sentido de continuar trilhando o caminho da Organização Mundial da Saúde. A pandemia não está ainda totalmente dizimada, ainda não acabou o vírus, não está totalmente acabada. Nós temos várias situações, países onde ainda está havendo uma espécie de volta da contaminação e a OMS não recomenda ainda que sejam tomadas todas as medidas no sentido de suspender, de flexibilizar tudo de uma forma bem ampla. A tendência é essa”, disse Antônio Neto.
O gestor pontuou também que o Piauí ainda possui um número razoável de municípios com a vacinação da terceira dose e que por isso deve-se haver cautela em maiores flexibilizações.
“Nós estamos bem. A Secretaria de Saúde adotou o critério de que com a terceira dose, aqueles municípios que atingissem 60% de vacinação estariam mais liberados. Mas nós ainda temos um número razoável de municípios. O último dado que eu tinha são algo em torno de 60 municípios que estavam livres para flexibilizar totalmente. Então é um caso em que se deve haver muita cautela. Na verdade o que não deve parar é o sistema de controle, o sistema de atendimento e a Secretaria de Saúde está atenta a isso”, ressaltou.
Por fim, Antônio Neto argumentou como ficará a situação do estado em relação as contratações com dispensa de licitação por conta da pandemia da Covid-19.
“Isso é uma questão muito importante que é um critério que tem ajudado bastante. Alguns estados têm reclamado desse aspecto porque facilita, mas de um modo geral me parece que são poucos ainda as contratações em relacionadas a Covid, elas estão cada vez mais reduzidas. Os insumos na área da Covid estão cada vez mais, vamos dizer assim, não há muita necessidade disso. Então me parece que esse fator tem levado em consideração, mas também é um pouco relativo”, pontuou.