PMDB fecha acordo e não fará convenção extraordinária
O Diretório Estadual do PMDB no Piauí decidiu, após extensa reunião nesta segunda (02), que não irá realizar convenção extraordinária em janeiro para deliberar sobre lançamento ou não de candidatura própria.
O presidente do partido do Estado, deputado federal Marcelo Castro, disse que na reunião os deputados chegaram a um consenso e decidiram, depois de discutirem bastante a questão, que seria “inconveniente” e um “desgaste” a realização da convenção antecipada.
“Chegamos a um consenso de que seria um desgaste desnecessário para o partido a realização de uma convenção em janeiro e outra em julho, então ficou decidido após uma conversa muito tranquila que o ex-ministro João Henrique segue com seu plano de defesa de candidatura própria e que em julho a gente delibera sobre o lançamento de candidato a governo ou não”, esclareceu o deputado.
Dentre os motivos alegados para a não realização da convenção, está o dispêndio financeiro, considerado pelos que defenderam a não realização da convenção, como um gasto desnecessário.
Além disso, Marcelo Castro disse que foi alegada a questão da falta de legalidade de uma convenção em janeiro, uma vez que poderia ser decidido por candidatura própria em janeiro, mas em julho poderia se decidir o contrário. Para Marcelo Castro, isso pode gerar um desgaste para o PMDB sem necessidade.
O ex-ministro João Henrique afirmou que acatou a decisão com muita tranquilidade e que tudo foi tratado com muito respeito à sua opinião.
“Conversamos de forma muito respeitosa e ficou decidido que haverá convenção só em julho. Eu entendo que outra convenção traz uma despesa a mais para o partido, que é grande. Então vamos deixar para decidir só em julho mesmo”, afirmou o ex-ministro.
De acordo com João Henrique, a decisão pode até favorecer a tese de candidatura própria que ele defende.
“É mais provável que a tese de candidatura própria passe em julho, porque eu vou ter mais tempo de continuar lutando por isso e reforçando a Caravana Piauí em Movimento e daqui para lá o PMDB pode estar em uma crise que dificulte o processo de aliança com o governo”, defendeu.