PMDB não preparou candidato ao governo, diz Themístocles

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Themístocles Filho (PMDB) defendeu a aliança do PMDB com o governador Wellington Dias (PT), com o apoio do partido à candidatura do petista em 2018. Em entrevista ao Acorda Piauí, hoje cedo na rádio Cidade Verde, ele disse que os peemedebistas não prepararam uma alternativa própria, que alcançasse ressonância popular.

Para mostrar a situação do partido, Themístocles lembra que em 2006 o PMDB tinha Mão Santa na liderança das pesquisas no mês de junho. No calor dos resultados das pesquisas pré-eleitorais, decidiu ter candidato próprio – o mesmo Mão Santa –, que acabou perdendo no primeiro turno para Wellington Dias. O deputado acha que a situação agora é pior porque o nome que se coloca como alternativa, o ex-ministro João Henrique, “tem 1%” de intenção de voto.

— O João Henrique é um Jônathas Nunes – diz Themístocles, em referência ao candidato que o PMDB lançou ao governo em 2002 e alcançou apenas 3,1% dos votos válidos.

O presidente da Assembleia Legislativa também falou sobre a reforma política. Defendeu a adoção do “distritão”, por entender que o brasileiro não vota em partido e sim em pessoas. Mas reconheceu que o andamento das reformas está complicado, dificultando a votação do “distritão” e de qualquer mudança substantiva.

No quadro de divisão do Congresso, acha que a reforma pode dar em qualquer coisa, “inclusive nada”.  Critica o Congresso Nacional por não decidir, e  vê como possível que, na indefinição sobre a reforma, o Judiciário termine decidindo sobre o formato das eleições de 2018.

Coordenador do Parlamento do Nordeste

O deputado Themístocles Filho assumiu a coordenação do colegiado dos Legislativos do Nordeste, fórum que reúne os presidentes das Assembleias Legislativas da região. E defendeu uma ação coordenada com as bancadas federais nordestinas no sentido de assegurar legislação que contemple o Nordeste.

Entre as preocupações de Themístocles está a legislação tributária, que hoje concentra a cobrança de tributos na fonte (estados produtores). Ele defende que a cobrança seja no destino (estados consumidores), o que seria benéfico para os estados nordestinos. O presidente da Assembleia, no entanto, mostra pouco otimismo quanto à aprovação de uma reforma tributária este ano. “Nada será decidido este ano”, lamenta.

Fonte: CidadeVerde

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