Polícia investiga vazamento de fotos íntimas de professora em Cocal dos Alves
Uma professora de cerca de 30 anos, de Cocal dos Alves-PI, está sofrendo com o compartilhamento de fotos íntimas suas nas redes sociais desde o início de janeiro deste ano. O agente de polícia Walter Brune está responsável pelo caso e informou que diversas pessoas podem ser indiciadas por difamação. Uma delas, se confirmada a participação, pode responder pela lei 12.737/2012, mais conhecida como Lei Carolina Dieckmann. Hoje (16), uma pessoa já foi indiciada.
Segundo a versão da vítima à polícia, o celular continha imagens suas seminua que foram registradas para envio a um parceiro. Contudo, ela disse que as fotos não foram compartilhadas por ela. Posteriormente, o celular teria sido enviado a uma loja de conserto de aparelhos eletrônicos em Parnaíba.
“Ela suspeita que as fotos vazaram assim. Um amigo levou para o conserto e lá o rapaz responsável teria começado o compartilhamento. Estamos apurando como isso ocorreu. A operadora já nos informou que nenhum chip foi inserido no aparelho para que fosse enviado por internet durante o tempo em que esteve lá. O que pode ter acontecido é de as imagens terem sido salvas por bluetooth ou por cabo USB, isso a perícia técnica ainda vai confirmar”, informou.
Segundo o agente, a professora foi informada do vazamento das imagens há algumas semanas, quando um de seus alunos contou a ela que havia imagens íntimas suas circulando por grupos de WhatsApp. Depois disso, outras pessoas lhe alertaram sobre o caso.
Na manhã desta terça-feira (16), um homem foi indiciado por difamação e teve pena aumentada de acordo com o código 141 do Código Penal, que diz que o crime contra a honra é qualificado se cometido “na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria”. A pena pode chegar a um ano e quatro meses de reclusão.
“No caso em questão, ele não compartilhou as imagens, mas mostrou para diversas pessoas em um bar, identificando quem era a moça nas fotos. A honra e a moral dela ficaram afetadas, não há como negar”, disse.
A Lei Carolina Dieckmann pode ser aplicada caso confirme-se a invasão do “dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita”. A pena varia de três meses a um ano e multa.
O agente informou que a confirmação da invasão depende de perícia técnica que pode demorar até um mês para ser concluída. Outras pessoas que tiveram acesso ao conteúdo e o compartilharam também responderão pelo crime.
“Mesmo que ela mesma tenha enviado as fotos, as pessoas não têm autorização para repassá-las e também vão ser indiciadas se confirmado o vazamento”, alertou.
Com informações CidadeVerde