Policial civil é demitido acusado de estuprar adolescente dentro da delegacia de Barras

Um policial civil identificado como Ivan Machado Veras foi demitido da Secretaria de Segurança Pública (SSP) após um processo administrativo concluir que ele praticou o crime de estupro de vulnerável contra uma adolescente dentro da Delegacia de Polícia de Barras. A decisão foi assinada pelo secretário Chico Lucas e publicada no Diário Oficial do Estado do Piauí nesta segunda (20).

A apuração apontou que o crime aconteceu no dia 9 de junho de 2024, quando a vítima, uma menor de idade, procurou a delegacia por conta de uma briga familiar, e queria uma cópia da medida protetiva que a avó tinha contra a tia da vítima. No entanto, o suspeito teria levado a jovem até um cômodo da delegacia, onde teria praticado a violência sexual. Conforme o documento, a adolescente relatou que não apresentou reação porque teve medo, já que o policial estaria armado durante o momento do crime.

De acordo com a investigação, o policial apresentou sua defesa durante o processo. Ele foi preso preventivamente e teve a suspensão do porte de arma após as investigações da Corregedoria da Polícia Civil.

No documento, o secretário Chico Lucas aponta que o policial incorreu em crimes contra o Estatuto da Polícia Civil e que as acusações são “gravíssimas”.

“Diante do conjunto probatório construído sob o crivo do contraditório e da ampla defesa, restou demonstrada que as condutas praticadas pelo servidor processado incorrem em crime bem como em transgressão (ões) disciplinar (es) prevista (s) na Lei Complementar nº 37/2004 (Estatuto da Polícia Civil) e revelam-se gravíssimas, incompatíveis com a função pública, com a dignidade da função policial, condutas dotadas de imensurável reprovabilidade pois atingiu também a dignidade humana de uma adolescente, inadmissível, porquanto os fatos demonstram uma situação de escândalo por ocasião dos atos praticados terem ocorrido dentro da unidade policial quando a vítima procurou ajuda a um agente de segurança pública”, diz trecho da decisão.

Fonte: Cidade Verde

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