Além da estiagem que assola a região norte do estado e está sendo responsável por uma perda que chega a 90% da safra agrícola, na 4ª reunião de prefeitos do Território dos Cocais também foi discutida a decisão do Governador Wilson Martins, de cessar o convênio que repassava aos municípios a gestão das Patrulhas Mecanizadas, um conjunto de máquinas pesadas, composto por trator e caçambas, que são utilizadas pelas prefeituras para fazer estradas, açudes ou outras obras em cada cidade.
A decisão do Governo em retomar o controle dessas máquinas, repassando-as para o DER – Departamento de Estradas e Rodagens, deixou insatisfeitos os prefeitos do CITCOCAIS – Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Território dos Cocais que decidiram apresentar ao governo a solicitação de renovação do convênio, justificando os benefícios que essas máquinas tem feito nas cidades e sem onerar os cofres do governo estadual, como explica o prefeito de Esperantina, Chico Antonio.
“Nosso encaminhamento aqui é o mais sensato. Estamos utilizando essas máquinas em forma de rodízio, portanto, todas as cidades que compõem o CITCOCAIS estão sendo beneficiadas, pra você ter uma idéia, só em Esperantina já construímos ou recuperamos mais de 100 km de estradas vicinais e estamos bancando todos os custos, desde o combustível, operadores e peças de manutenção. Portanto, aprovamos hoje uma solicitação ao Governador Wilson Martins que reveja sua decisão e que permaneça aqui a gestão destas máquinas” afirmou.
Para o presidente do CitCocais, prefeito do Morro do Chapéu, Lucídio Rebelo, os prefeitos estão preocupados, com esta decisão, e questionam principalmente como será a gestão destas máquinas pelo DER, como as prefeituras poderão ter acesso, perguntas que seriam respondidas pelo diretor do Órgão, Dr. Severo Eulálio, mas que não compareceu à reunião.
“Nossa preocupação aqui é tirar esta estrutura que estão funcionando muito bem em nosso território, trabalhando, fazendo obras, beneficiando as cidades e agora levar para o DER. Como será esta gestão, que poderes ou participação teremos para ter acesso a essas máquinas” exclama.
CCOM – Esperantina