REFLEXÃO: A casa mental
“Se as pessoas soubessem o quanto seus pensamentos determinam a direção de suas vidas, teriam mais cuidado com o que pensam.” Marcio Kühne
A VERDADE é que qualquer situação é resultado de coisas que estão sob nosso controle e de outras que nos escapam. E que faz parte da condição humana errar e aprender com o erro. Se você se entregar ao sentimento de culpa, perderá até a capacidade de reparar o erro. As visitas estão chegando, e a lavadora de louça está vazando água. A água inunda a cozinha e aproxima-se da sala. Você se pergunta: “Por que eu fui inventar de ligar a máquina hoje? Se eu tivesse lavado a louça manualmente, isso não estaria acontecendo. Se eu tivesse esperado para usar a lavadora amanhã, ela não estaria arruinando a minha noite. Bastaria ter um pouco de bom senso. Por que fui comprar essa lavadora? Aposto que, se eu tivesse comprado outro modelo, minha cozinha não estaria inundada!”
Quando as coisas dão erradas procuramos logo um culpado e apontamos um dedo implacável e acusador para nós mesmos. Ao fazer isso, deixamos de perceber duas coisas: que a gente aprende com o erro e que é inútil desperdiçar tempo nos culpando. Em vez de culpar-se, a mulher de nosso exemplo poderia optar por achar graça no desastre produzido, pensar em fazer diferente numa próxima ocasião, respirar fundo algumas vezes e – quem sabe – convocar os amigos para enxugar a cozinha e a sala? A felicidade não depende do número de coisas ruins que acontecem com alguém. O importante é a maneira de encarar o que acontece: a pessoa que tende a tirar conclusões negativas sobre si mesma quando coisas negativas ocorrem é certamente menos feliz do que a que se trata com complacência.
As pessoas que veem a si mesmas como causas dos acontecimentos negativos têm uma probabilidade 43% menor de estarem satisfeitas do que aquelas que não o fazem. (David Niven)