REFLEXÃO: Como ajudar a lidar com a perda

“Sempre fugimos da dor, mas quando ela nos alcança através de uma perda irreparável é quando mais precisamos do outro.” Marcio Kühne

reflexaoNo final do ano que passou recebi de presente de um casal de grandes amigos, que já perderam um de seus filhos, um livro chamado Rosas em Dezembro de Marilyn Heavilin. Após ter enfrentado a perda de três filhos, a autora decidiu escrever sobre como encontrar o caminho da paz interior em situações difíceis ou traumáticas. Abaixo, algumas de suas sugestões de como consolar aqueles que passam por uma perda irreparável:

“Gostaria de recomendar aos que querem consolar outros que tenham sensibilidade. É importante mostrar interesse pela perda de alguém o mais breve possível, através de uma nota, cartão ou visita pessoal. Mas não pense em explicar ou justificar o trauma. De todos os métodos que você pode ajudar os que passam por crises, oferecer ‘palavras de sabedoria’ pode ser o mais arriscado. Mesmo que suas sugestões ou filosofia sejam positivas, elas talvez não sejam aceitas de maneira positiva por aqueles que estão em meio a um trauma.

Meu método simples e prático de conversar com uma pessoa enlutada é este: se você não sabe o que dizer, só abrace a pessoa. Como consoladores, devemos ter o máximo cuidado, algumas vezes não há nada a dizer exceto, ‘Amo você, estou rezando por você, e estou aqui para o que precisar’. Apesar da tristeza, as pessoas ainda precisam comer, mas poucos enlutados têm a motivação ou a força para prepararem refeições para si mesmos.

Se você gosta de cozinhar e pode fazê-lo, seu prato favorito será muito apreciado por uma família nesse tipo de crise. Talvez não lembrem de suas palavras, mas jamais esquecerão o que os seus atos disseram. Quando estiver com alguém enlutado, seja um bom ouvinte. Encoraje-o a expressar-se livremente.

Não o censure pelo que diz ou sente, mas ajude-o a colocar em palavras seus sentimentos e procure compreender. Nós muitas vezes tendemos a ficar afastados quando nossos amigos sofrem, por não sabermos um modo específico de ajudá-los. As pequenas coisas significam tanto quanto as grandes. Mesmo quando estamos sofrendo, podemos ser uma rosa para outros que nos rodeiam, se estivermos dispostos a ser sensíveis às suas necessidades.”

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