Saiba como funciona “flipper” o aparelho que invade qualquer dispositivo eletrônico
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) proibiu a comercialização, importação e uso do Flipper no Brasil. Lançado em 2020, o dispositivo eletrônico ganhou popularidade entre profissionais de segurança cibernética por sua capacidade de medir a suscetibilidade de invasão de dispositivos eletrônicos. No entanto, a agência alerta para o potencial uso do aparelho para fins ilícitos.
O Flipper, apesar de seu tamanho compacto, possui funcionalidades que levantaram preocupações de segurança. Por ser um dispositivo de código aberto, ele pode ser modificado para realizar diversas tarefas, como abrir fechaduras eletrônicas e clonar crachás de acesso. A Anatel destaca que o dispositivo pode copiar dados de controles remotos de portões eletrônicos e chaves de carros, representando um risco significativo se usado por criminosos.
O funcionamento do Flipper, também conhecido como Flipper Zero é relativamente simples. Com uma pequena tela monocromática, o usuário utiliza um teclado direcional e um botão para emitir sinais de radiofrequência, permitindo ao dispositivo se comunicar com sistemas eletrônicos. Essa capacidade de “invadir” outros dispositivos e acessar dados de controle é o principal motivo da proibição pela Anatel, que considera o dispositivo uma ameaça potencial à segurança pública.
A medida visa prevenir o uso indevido do Flipper em ações criminosas, protegendo assim os cidadãos e as empresas brasileiras de possíveis invasões e clonagens cibernéticas.