SDR debate políticas públicas sobre desertificação
O secretário de Desenvolvimento Rural, Francisco Limma, o secretário de Estado do Meio Ambiente, Ziza Carvalho, especialistas em clima e meio ambiente, representantes do judiciário e demais autoridades, participaram, na manhã desta segunda-feira (21), de uma audiência pública, realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), sobre a desertificação que afeta, principalmente, o Sul do Piauí. Durante a audiência, foram discutidas a implementação de políticas públicas no combate à desertificação.
O evento, que contou ainda com a participação de auditores do Tribunal de Contas, representantes da APPM, Batalhão de caçadores do 25° BC e outras entidades, foi resultado de uma proposta do procurador-geral do ministério público de contas, Plínio Valente. O debate levou em consideração, principalmente, o problema da desertificação em Gilbués, onde está localizada a maior área contínua desertificada no Brasil.
Uma das alternativas levantadas durante audiência, foi o projeto que viabiliza a implantação da adutora do Sertão, que tem como objetivo abastecer 50 municípios que sofrem com a estiagem, a partir de poços da região do Vale do Gurguéia.
Na oportunidade, o secretário Francisco Limma destacou a educação como instrumento de incentivo à sustentabilidade, à preservação e à recuperação destas áreas degradadas. Ele citou os projetos do governo do estado, coordenados pela SDR, em parceria com o Fundo Internacional do Desenvolvimento Agrícola vinculado a FAO, o Programa Viva o Semiárido (PVSA) e o Programa de geração de emprego e renda (Progere), ligado ao banco Mundial, em que uma das condições é trabalhar o componente educacional na área ambiental com os agricultores. “Embora não seja o sistema utilizado pelos pequenos agricultores, necessariamente, os únicos e nem os mais impactantes na questão da degradação ambiental”, avalia o secretário.
Limma acrescentou que é preciso uma discussão mais ampla e ações conjuntas em relação ao uso de agrotóxicos, desmatamento e outros. “Nós precisamos trabalhar cada vez mais a educação e, sobretudo, tecnologias poupadoras de insumos e mais integradoras nesse campo mais voltado para a ecologia, e a extensão é que cumpre este papel de fazer esta inclusão, daí a importância deste debate”, concluiu.