Secretário crê em participação: ‘É covarde em não assumir o ato dele’
Adão de Sousa bem que tentou, mas não convenceu o secretário de Segurança Fábio Abreu. Durante a entrevista coletiva concedida nesta manhã de sábado (30/05), Abreu chegou a chamar o acusado de comandar os adolescentes que abusaram de quatro garotas em Castelo do Piauí de covarde e disse acreditar no envolvimento do homem de 40 anos no crime que chocou o Piauí.
“Acredito muito na participação direta e ele ainda é covarde em não assumir o ato dele diante da justiça e da polícia. Mas a parte científica vai fazer com que ele seja punido”, disse o secretário aos jornalistas.
Fábio Abreu lembrou ainda que, além do crime de tráfico pelo qual já respondia e do mandado de prisão em aberto pelo roubo praticado na semana passada, o qual ele confessa, Adão irá responder ainda – sendo comprovado que ele estava naquele local – por estupro, lesão corporal, tortura e tentativa de homicídio.
COOPTAÇÃO DE MENORES
Outro crime que pode pesar contra Adão é a cooptação de menores. “Perceba que ele fala do tráfico como se fosse algo natural na cidade e não vai ser. Esperamos que ele responda também por cooptação de menores. Ele tem 40 anos de idade, a ficha dele dá sim essa possibilidade, e confessa que era traficante da área e facilmente poderia ter liderança sobre estes menores. Se ele confessa que era gerente do tráfico naquela área com toda certeza ele não tem escrúpulo nenhum para fazer algo como aquilo”, disse.
‘NÃO FUI EU QUE ESTUPREI’
Para os jornalistas, ao ser apresentado pela Secretaria de Segurança do Piauí em coletiva na manhã deste sábado, Adão negou que tivesse participação no crime. Por vezes contraditório, disse não conhecer os quatro garotos que o acusaram, e afirmou ainda que sequer esteve alguma vez no local conhecido como “Morro do Garrote”, onde as jovens foram violentadas.
Questionado pelos jornalistas se ele sabia porque estava sendo acusado pelos garotos como mentor dos abusos, Adão respondeu que “não sabia”. “Eu não estava lá e nem sei que é ninguém. Não foi eu que estuprei. Quando pegarem quem fez vão ver que não fui eu”, disse.
Ele inclusive autorizou em público que a polícia coletasse seu material genético para comparar com qualquer material encontrado nas jovens. “Podem fazer o exame de sangue, onde tiver um papel que autorize eu vou lá e assino”, disse.
A coletiva aconteceu no auditório da própria secretaria de Segurança na presença do Secretário Fábio Abreu, Delegado Geral Riedel Batista, do delegado Regional Laércio Evangelista, do Chefe de Polícia do Interior delegado Willame Moraes e do comandante de policiamento militar no Interior Coronel Paulo de Tarso.
Com informações 180graus