Servidores da Eletrobras vão parar as atividades a partir de segunda
Os trabalhadores do Sindicato dos Urbanitários do Estado do Piauí vão paralisar as atividades por três dias, a partir da próxima segunda-feira (11), em protesto conta a privatização do Sistema Eletrobras. A greve é em adesão à paralisação do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE).
De acordo com o presidente Sintepi, Paulo Sampaio, no Piauí, cerca de dois mil trabalhadores divididos entre Eletrobras e Chesf vão paralisar até quarta. Ele garante que os serviços essenciais à população não serão comprometidos.
“A lei de greve exige que nós tenhamos pelo menos 30% dos servidores trabalhando, mas nós manteremos até 50% disso trabalhando. Nossa paralisação serve para mobilizar os trabalhadores para evitar a privatização mas também garantir nosso reajuste salarial”, explica o presidente do Sintepi.
Segundo a categoria a Eletrobras ofereceu um reajuste de apenas 1,18% que representaria apenas 70% do menor índice de reajuste. “Achamos o índice oferecido insignificante e solicitamos que os trabalhadores apoiem. Nossa data base é primeiro de maio e já tivemos cinco rodadas de negociação até agora e nada”, completou.
O sindicato se concentrará durante a paralisação na próxima segunda-feira, na frente da Eletrobras na avenida Maranhão e em frente a Chesf na avenida Henry Wall de Carvalho.
Procurada, a Eletrobras informou que ainda não tem posicionamento oficial sobre a paralisação dos servidores.
Na semana passada, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou a publicação do edital de privatização de seis distribuidoras de energia elétrica da Eletrobras. A intenção do governo é finalizar o processo até 31 de julho, mas uma decisão da 49ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro determinou a suspensão do processo. Segundo o governo, a privatização da Eletrobras vai elevar o nível de eficiência e trazer dinamismo à empresa.