‘Um monstro destruiu a vida dele’, diz pai de piauiense morto em Brasília
“Nunca pensei que teria um filho tão humilhado, barbaramente assassinado por um cidadão que se diz um sargento da Aeronáutica”, revolta-se Francisco de Assis, 70 anos. Ele é pai de Francisco de Assis Pereira da Silva, piauiense de 41 anos, morto, na quarta-feira (12/06), com dois tiros disparados por Juenil Bonfim de Queiroz, de 56 anos, em um apartamento no Cruzeiro Novo (DF). A reportagem é de Luísa Guimarães, do Metrópoles.
Após alvejar o rapaz, o militar reformado atirou três vezes contra a própria esposa, Francisca Naídde de Oliveira Queiroz, 58, que morreu na hora. O homem acusava as vítimas de terem um caso extraconjugal.
O pai do rapaz mora em Teresina, no Piauí, cidade natal da família, e onde aguarda a chegada do corpo para sepultamento, na tarde desta sexta-feira (14/06). “A despedida que eu tenho do meu filho é profunda. Deixa um vazio tão grande no meu coração.”
A dor dele vem também da acusação imposta pelo assassino. Segundo familiares, Francisca era apenas amiga de Francisco. Sabendo que o rapaz estava sem emprego fixo, ela teria prontamente se oferecido a ajudá-lo financeiramente. A mulher seria também cliente do aplicativo em que ele trabalhava como motorista.
Considerada uma pessoa muito religiosa, Francisca tinha como característica gostar de cuidar das pessoas e ser uma espécie de “mãezona”. Ela e o marido conheceram Francisco e o companheiro dele, Marcelo Soares Brito, 40, há três anos, desde que se mudaram para o mesmo prédio. Os quatro se tornaram amigos, até as desconfianças de Juenil botarem fim às duas vidas.
“Só tenho a dizer que espero justiça em cima disso. De minha parte, está perdoado, mas ele [Juenil] precisa pagar pelo que fez: crime de feminicídio e tirou a vida do meu filho. Esse militar é um psicopata, um criminoso, alguém que precisa de tratamento”, declarou o pai.